"Rimas. Rir mais? Rir, mas de quê? Talvez um quê de
queijo, um bê de beijo. Beijo vai, mas bem jovem. Então vem! Nu mesmo, vem
nuvem, vem. Mas vem sem. Sem vergonha, sem pudor, sem graça, sem açúcar e
sentimento.
Se sentir, não vou deixá-lo ir. Sem ir, sem ti, eu não vou a lugar
nenhum, nem dois, nem três e nem quartos. Por que mentes? Ah, que mentes não
sentiriam saudades doentes… Do ente querido..., do ente que queria ter ido, do
ente que quase foi. Ufa, e foi por pouco. Já anoiteceu. A noite teceu estrelas,
estalos, entranhas e estranhos. A noite teceu trapézios trapezistas, trôpegos,
traficantes, trapaceiros e tresloucados. Também temor. Ter amor, amoras,
amantes, amarelos… Ah, não. Amá-los ou amar elos?
Meio a meio, meio fio, meio
feio, meio feito. Essa história meio fora de hora de novo? Sim. De novo, de
novo e de manhã, de tarde, de velho, de ontem, de frente, defronte e de ré. Ré
é renascer renascentista, iluminista, sulista, turista, budista, autista.
Arista? Mundano! Mundo mudo muda mudas. Mudas de gente descrente, descontente,
demente, indecente, decadente, ai! Dor de dente, dor de gente. E quem cura?
Loucura."
Cinzentos